sábado, maio 14, 2011
Sábado.
Eu e minha linda dentição nos entregamos a essa perturbada noite de Sábado, olho pelo retrovisor e vejo fantasmas que esqueceram de me esquecer.
Sorrisos lindos e saudáveis e hálitos pestilentos aliados a hábitos que alienam qualquer alma desavisada que por aqui vem expurgar passados. E riem tanto que eu nem sei o que é tão engraçado, não enxergam que é trágico? Não percebem que é o fim? E o que foi aquele começo? Você ria tanto de mim que só chorava, e me apresentava o fim da ingenuidade na minha vida e entre minha pernas somente o sangue mostrava que eu estava viva, ainda que ela se esvaísse sem parar e sem coagular esperanças. Meu rosto era o retrato rasgado a lâminas tão afiadas quanto a língua daqueles que desferiam golpes contra minha dignidade. Tantos disseram que eu não podia, não não guardo mágoas, apenas vejo que a necessidade do mal querer faz dos outros viciados em seus egos um bem menor mas necessário para eu acreditar cada vez mais que o fim sempre foi a melhor parte de tudo por mais que doesse. |
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